quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A FILA DO TRANSPLANTE


Em seu estágio terminal, a Insuficiência Renal Crônica exige que as pessoas façam tratamento substitutivo para continuarem vivas. São três as formas atuais de tratamento: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante de rim. 

Eu atingi a fase terminal da IRC no final de 2005 e tenho percebido que as pessoas conhecem pouco sobre a doença e a vida do doente. Algumas perguntas são recorrentes, e costumo responder pacientemente, embora alguns colegas de hemodiálise não se disponham a fazê-lo.

A pergunta que originou este blog é: mas você está na fila do transplante, não está? Ou, você pretende fazer transplante?

Há dois problemas com esta pergunta: primeiro, a fila do transplante não é bem uma fila. Hoje se selecionam os pacientes pela antiguidade do registro, mas principalmente pela compatibilidade com o órgão doado.

O segundo, e maior, talvez criado pela imprensa: o transplante não é a solução dos problemas, mas uma forma de tratamento, talvez a que mais assegure qualidade de vida ao paciente.

Após o transplante, continua a luta para obter e utilizar os imunossupressores, que deverão auxiliar na luta contra a rejeição do órgão. Alguns pacientes perdem o órgão por motivos diversos, pouco tempo após o transplante, e outros o perdem muitos anos após, mas um transplante não é eterno ou "até que a morte os separe", como costuma imaginar e desejar os amigos de pacientes renais.

Este blog foi escrito para informar as pessoas em geral como vive esta minoria (não tão pequena, li algures que 120 mil brasileiros necessitavam fazer hemodiálise (deve ser tratamento substitutivo e não hemodiálise) e cerca de 70 mil estavam em tratamento em 2005).

Se você é paciente com IRC ou conhece alguém em tratamento substitutivo da função renal, participe do blog e conheça um pouco mais sobre necessidades, vivências, histórias, etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário