quinta-feira, 12 de junho de 2014

CUIDADOS COM O PARATORMÔNIO ALTO.



Lucca e Freitas publicaram em 2008 um artigo sobre a cirurgia de retirada das glândulas paratireóides para tratar os altos níveis de paratormônio (PTH) no organismo. 

O quadro acima mostra as formas de tratamento para o PTH alto: inicialmente dieta, controle do fósforo (com carbonato ou acetado de cálcio ou sevelamer - renagel) e reposição de vitamina d (alfacalcidol ou calcitriol). Isso geralmente resolve para a maioria dos pacientes ou, pelo menos por muitos anos.

Se este arranjo começa a não funcionar, mantém-se a dieta de fósforo e os quelantes, e altera-se a vitamina D para endovenosa (na linha da hemodiálise). A secretaria de saúde tem dispensado o Calcijex. 

Se não funciona, e isso é em uma quantidade ainda menor de pacientes, pode-se optar pela paratireoidectomia química ou cirúrgica. Há remédios novos para a a paratireioidectomia química: o cinacalcete (mimpara) e o paracalcitol (zemplar), mas, apesar de sua efetividade em parte dos casos, a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais não os disponibiliza. É necessário entrar na justiça e conseguir uma liminar para obtê-los. Senhor secretário de saúde, vamos inserir estes medicamentos na lista?

Por fim, a opção é a retirada das paratireóides de forma cirúrgica. É um procedimento que merece ser feito com cuidado, com a localização das glândulas por exames de imagem e todas as atenções de uma cirurgia no pescoço. Não vale a pena ficar "enrolando", ou procrastinando a decisão quando seu nefrologista orienta a fazer, porque as glândulas vão crescendo e produzindo cada vez mais PTH, podendo prejudicar seus ossos. Já vi pacientes que quebraram o fêmur e estão de cadeira de rodas por causa desta complicação...


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